quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Green Day - Pavilhão Atlântico - 28/09/09


Perfeito.

Esta é a palavra que melhor define o concerto dos Green Day no Pavilhão Atlântico, na passada segunda-feira. Sem dúvida nenhuma.

Dirigi-me a Lisboa com grandes e exigentes expectativas. Felizmente, estas não foram, de modo nenhum, defraudadas. Aliás, posso mesmo dizer que a banda americana me surpreendeu bastante, tal a qualidade do espectáculo que proporcionou ao público presente. O Pavilhão estava praticamente cheio, sendo que estavam presentes pessoas de todas as idades e mesmo de outras nacionalidades que não a portuguesa.

A banda que abriu o concerto, também ela americana e com o nome Prima Donna, aparentou ser de grande qualidade. Só actuou durante meia hora mas ninguém se mostrou chateado com isso, uma vez que o melhor estava ainda para vir.

Ainda antes do início do concerto dos Green Day, subiu também ao palco um homem mascarado de coelho cor-de-rosa, que passou 5 minutos a beber álcool, a simular actos sexuais e a dançar ao som da famosa YMCA. Não sei quem era o rapaz, mas que teve piada, lá isso teve.

Por volta das 20:30, Billy Joe, Tré Cool, Mike Dirnt e ainda três músicos que habitualmente acompanham os Green Day em digressões, subiram ao palco ao som de Song of The Century e, logo de seguida, 21st Century Breakdown, os dois primeiros temas do novo álbum da banda. E começou assim o grande espectáculo, que teve a duração de, sensivelmente, duas horas e meia.

Ninguém teve direito a um único minuto de descanso durante todo o concerto. Houve tempo para músicas mais antigas, como Basketcase, King For A Day ou Minority, para temas do álbum anterior, como Holiday, St. Jimmy ou Are We The Waiting, para os novos sucessos da banda, como Know Your Enemy, Before The Lobotomy ou East Jesus Nowhere e ainda para dois medleys de alguns temas célebres de outras bandas como (I Can´t Get No) Satisfaction dos Rolling Stones ou You Really Got Me dos The Kinks.

Muitos outros temas foram apresentados pelos Green Day mas, apesar disso, destaco as músicas Boulevard Of Broken Dreams e 21 Guns, durante as quais me apeteceu saltar para o palco. Não saltei eu mas saltaram muitos outros jovens, que iam sendo escolhidos pelo vocalista da banda para fazer parte do espectáculo durante alguns minutos.

De facto, a interacção com o público foi o que mais me surpreendeu. Muitos foram os fãs que subiram ao palco para cantar alguns versos; outros para simplesmente dar um abraço ao Billy Joe; um miúdo foi chamado para ajudar numa pequena encenação que tinha como objectivo a crítica à igreja evangélica; outro jovem foi escolhido para cantar uma música inteira, a Longview. Além disso, houve ainda alguns momentos muito divertidos: durante um dos temas, todos os músicos colocaram chapéus ridículos e, no caso do baterista, um soutien, sendo que, seguidamente, se deitaram todos no chão, continuando a actuar apesar disso; a meio doutra música, o baterista, mais uma vez ele, abandonou o seu posto para passar por debaixo das pernas de Mike Dirnt, depois de lançar as baquetas ao ar; e ainda o momento em que Billy Joe foi buscar pistolas de água para molhar o público da frente, uma arma que lançava papel higiénico e ainda outra que lançava T-shirts a grandes distâncias.

Além de tudo isto, muitas outras coisas contribuíram para a boa relação que se verificou entre o público e a banda: os "obrigados" proferidos pelo vocalista, em português; frases como "I love you" ou "You're so much better than America"; os "olés" que a banda incentivou o público a entoar; o facto de a bandeira portuguesa estar em palco; ou ainda o momento em que, durante a Boulevard Of Broken Dreams, com toda a gente a cantá-la, Billy Joe se sentou a ouvir, atitude traduzida pelas palavras: "O que é que eu estou a fazer aqui? Vocês sabem a música tão bem como eu!".

Tudo muito bonito até os artistas se terem ido embora.

No entanto, como esperado, voltaram ao palco para mais 4 músicas: American Idiot, Jesus Of Suburbia, na qual um rapaz de 17 anos entrou em cena para tocar guitarra, e ainda Last Night On Earth e Good Riddance (Time Of Your Life), estas duas últimas interpretadas apenas por Billy Joe Armstrong.

Enfim, um concerto absolutamente fantástico. Muito boa música, muita pirotecnia e outros efeitos visuais, muita interacção entre a banda e o público... Não se podia pedir mais. Adorei.

Esta deve ter sido, aliás, a única semana da minha vida em que eu não me importava de voltar a segunda-feira. A única justificação plausível para tal coisa só pode ser o facto de o concerto ter sido perfeito. E foi.

Para terminar, só queria referir que o João Pedro Pais estava ao meu lado no espectáculo em questão. Só ainda não consegui perceber a razão de ele não me ter pedido um autógrafo. Que patife.

4 comentários:

  1. O concerto da vida do Paulo! xD
    A parte mais fixe foi sem duvida aquela em que ele me ligou e eu ouvi a 21guns ao vivooo, lol :-P

    E o João Pedro Pais sentiu-se intimidado pela tua presença... daí não te ter pedido um autógrafo :-s também não era para menos!

    "Oh afilhada, ainda estou mais viciado em Green Day do que antes, os vicíos fazem mal :-("

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  2. Irmão, mas que texto, os meus parabéns, já podes ir trabalhar para o "Barcelos Popular" ahahah
    A sério...

    abraço,
    Xavier Sousa

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  3. Realmente! Não percebo onde o João Pedro Pais tinha a cabeça...

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  4. Penso que depois de um post destes não há nada a acrescentar.. O q posso dizer é q tb fui ao concerto e confirmo tudo o que o paulo disse, o concerto foi simplesmente espectacular!(só falharam numa pequena coisa...esqueceram se de chamar o Paulo e o Diogo para subirem ao palco, mas pronto fica para a próxima)

    Abraço,
    Diogo

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